As gerações e o ensino à distância
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Você, jovem, já imaginou como seria o contato dos seus pais com a educação à distância? Hoje em dia, muitos deles certamente já estão inclusos nas redes sociais e talvez até já tenham iniciado cursos online.
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Consegue imaginar talvez seus avós realizando uma faculdade à distância? E se disséssemos que existem cerca de 198 mil idosos no ensino superior brasileiro, segundo o último Mapa do Ensino Superior? E muitos deles, aderiram à educação na modalidade EaD.
A verdade é que o ensino à distância abriu portas da graduação para muitos estudantes, e das mais diversas idades. Isso é visível já que segundo o Censo da Educação Superior 2021, o ensino à distância cresceu 474% em apenas uma década, entre os anos de 2011 a 2021.
Porém, junto da visível preferência ao EaD, também é fácil observar que cada faixa etária tem sua forma de lidar com o ensino online e o uso da tecnologia, conforme o nível de sua proximidade com esses meios.
Para explicar melhor as ligações de cada faixa etária, neste material vamos rever cada uma das 5 gerações e entender o nível de sua familiaridade com o ensino à distância. Vamos lá?
História do Ensino EaD no Brasil
Antes de mais nada, precisamos rever a história do ensino à distância, para entender como ele se manifesta e afeta a realidade de cada uma das gerações.
Mundialmente, o ensino à distância já existe desde o século XIX – claro que de maneiras diferentes a que estamos acostumados. Aqui no Brasil, o EAD surgiu para atender primeiramente os cursos de qualificação profissional.
O registro mais remoto é de um classificado de 1904, anunciado no Jornal do Brasil, de um curso de datilografia (para usar máquinas de escrever) por correspondência.
Saiba mais:
+ Entenda como surgiu o EaD e sua evolução no Brasil
Portanto, podemos imaginar que mesmo as gerações mais velhas, já tiveram contato ou viram o surgimento do ensino à distância. Hoje, no entanto, falamos de um ensino que também é, em sua maioria, feito online, através da internet e dispositivos eletrônicos.
Esses, por sua vez, são menos conhecidos por algumas gerações, ou foram sendo inseridas com o passar do tempo. Ou, no caso de outras gerações, até mesmo já fazem parte de suas vidas desde o nascimento! É isso que vamos conferir a seguir, geração por geração.
Baby Boomers
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A geração Baby Boomer é como ficaram conhecidos os bebês nascidos durante o período pós-Segunda Guerra Mundial, entre os anos 1946 e 1964.
Essa geração é caracterizada por ter crescido em um período de grande prosperidade econômica, desenvolvimento tecnológico e avanços sociais significativos, como a luta pelos direitos civis e a revolução sexual.
Apesar disso, trata-se de uma geração que hoje conta com seus 60 até 75 anos, e, portanto, possui uma mentalidade mais analógica no que diz respeito ao ensino e ao ambiente profissional.
Quanto ao uso da tecnologia, costumam utilizar os dispositivos eletrônicos para fins mais tradicionais, como para fazer ligações, fazer buscas na internet, e utilizar algumas redes sociais mais tradicionais como o Facebook.
Mas, nem por isso significa que os idosos estão distantes do ensino superior. Menos ainda do ensino à distância.
Como dissemos anteriormente, os membros dessa geração são cerca 2,35% dos estudantes de ensino superior, já que, segundo o Mapa do Ensino Superior de 2021, havia quase 198 mil idosos matriculados em instituições de ensino superior, em um total de cerca de 8,4 milhões de alunos matriculados em cursos superiores.
Para que consigamos entender a dimensão desse número o aumento das matrículas entre 2015 e 2019 foi de 50% – até então eram 27 mil idosos, segundo dados do Censo da Educação Superior da época.
Devemos considerar que devido às evoluções na saúde, melhorias na qualidade de vida, a quantidade de idosos tende a aumentar, já que a expectativa de vida vai aumentando. Portanto, é essencial que essas pessoas mais velhas tenham acesso adequado ao ambiente virtual, principalmente aqueles que englobam o ensino superior.
Sendo assim, como muitos baby boomers já estão inseridos no ensino EaD digital, o necessário é que eles possuam mais acessibilidade e inclusão nesse meio, para facilitar o ensino e seu aprendizado.
Muitos estudos já indicam, inclusive, que o EaD pode proporcionar muitos benefícios aos idosos.
Geração X
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Agora pulamos para a geração onde estão a maioria dos pais de jovens adultos e adolescentes de hoje. São considerados parte da geração X, os nascidos entre 1960 e 1980, a depender dos autores que estudam as demais gerações – alguns dizem final da década de 70).
Os membros da geração X cresceram em um período de mudanças significativas em relação aos valores sociais e culturais, como a luta pelos direitos civis e a era da informação.
Além disso, muitos cresceram em um ambiente econômico instável e enfrentam desafios como o desemprego, o aumento da taxa de divórcios e a crescente violência urbana.
Ainda que alguns digam que os membros da geração X se sentem como uma “geração esquecida”, já que ficaram no meio de duas gerações bem marcantes, eles são pessoas independentes e adaptáveis: algo importante para o ensino à distância.
Como são aqueles que viram o surgimento dos primeiros computadores, talvez não tenham tido o acesso mais rápido a essa tecnologias, muito menos às suas atualizações.
Mas, mesmo assim, eles já começaram a entender melhor sobre a existência da presença digital, e a maioria já tem a sua em mais de uma rede social.
Inclusive, dentro do ensino superior, quase 600.000 pessoas com idade acima de 40 anos foram matriculadas na faculdade em 2021, segundo o último Censo da Educação Superior, do Ministério da Educação (MEC).
Isso só enfatiza como essa faixa etária está sim presente nas universidades e muitas vezes, no ensino à distância. Ainda mais considerando que eles prezam por maior estabilidade, tem muito apego com as capacitações e o diploma do nível superior.
Nada melhor que o EaD para auxiliar nesse caso, certo?
Geração Y – Millennials
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A geração Y, conhecida como “New Millennials”, foi aquela que nasceu entre o início dos anos 80 e meados dos anos 90, aproximadamente. São super jovens, mas alguns passam pela famosa crise dos 30 (será que eles não sabem que 30 é a idade do sucesso alô Jenna Rink).
Os Millennials cresceram em um ambiente em que a tecnologia estava se desenvolvendo rapidamente, o que os tornou muito familiarizados com o uso de dispositivos eletrônicos e mídias sociais.
Eles são frequentemente descritos como sendo criativos, ambiciosos, multitarefas, competitivos e com forte senso de justiça social.
A geração Y também é conhecida por ter uma abordagem diferente do trabalho, preferindo trabalhos que oferecem flexibilidade e autonomia, e valorizando mais a realização pessoal e a qualidade de vida do que a estabilidade e segurança financeira.
Sendo assim, com a rotina corrida, são grandes adeptos do EaD, e já tem maior familiaridade com o uso de mídias, espaços online, ambientes de aprendizado virtuais e o estilo de estudo remoto.
Os Millennials também foram afetados por eventos significativos logo no seu momento de “ascensão”, por assim dizer. A recessão econômica global de 2008 e a pandemia de COVID-19, por exemplo, afetam seu futuro econômico e perspectivas de emprego.
Como resultado, a geração Y é frequentemente descrita como estando em constante mudança e adaptação, em busca de novas oportunidades e experiências. E o ensino à distância não foge nesse caso também, já que auxilia muito para quem passa por mudanças na vida.
Geração Z
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A geração Z, ou dos Centennials, são daquelas pessoas nascidas a partir do final da década de 1990 até o início dos anos 2010. Ainda não há um consenso sobre o ano exato de início e término dessa geração, mas geralmente é considerada a sucessora da geração Y, ou Millennials.
Eles têm entre 14 e 33 anos, não curtem burocracia e são grandes fãs do home office, e claro, do ensino à distância.
A geração Z, diferente das anteriores, já nasceu em um ambiente completamente imerso em tecnologia digital e mídias sociais. O desenvolvimento continua, mas essa turma já teve acesso a celulares mais modernos e aulas de informática na escola, logo cedo.
Por isso, eles são chamados de “nativos digitais”, que nasceram e cresceram em um mundo em que a internet e a tecnologia foram amplamente difundidas e acessíveis.
Devido ao seu ambiente tecnológico, a geração Z é considerada muito conectada, globalmente consciente, preocupada com a justiça social e altamente adaptável.
Eles cresceram em um mundo em constante mudança, com desafios como a crise financeira global, a mudança climática e a pandemia de COVID-19 moldando suas visões de mundo.
Sendo assim, mesmo os que viveram a faculdade dentro do campus, muito provavelmente tiveram aulas à distância entre os anos de 2020 e 2021. E apesar de alguns se adaptarem melhor que outros, todos possuem a capacidade de se inteirar dos estudos no mundo online.
O EaD é algo simples de eles entenderem, e até mesmo preferirem.
Geração Alpha
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A geração Alpha é a denominação dada ao grupo de pessoas nascidas a partir do meio dos anos 2010 até o início dos anos 2020. É a geração mais recente e ainda está em processo de formação. Seus membros mais antigos tem só 13 anos.
Essa geração é considerada a primeira a nascer totalmente imersa na tecnologia, dificilmente fugindo de algum acesso precoce às telas – o que ainda podia acontecer na geração anterior – e crescerão em um mundo ainda mais conectado e digital do que a geração Z.
Ainda é cedo para determinar completamente as características e tendências da geração Alpha, mas é provável que sejam profundamente influenciados pelas mudanças tecnológicas, ambientais e sociais que ocorrerão nas próximas décadas.
E claro, o ensino à distância deve seguir presente como uma forte possibilidade em suas vidas. Essas ações remotas devem acompanhá-los nos estudos, na vida profissional e até na forma como vão impactar o mundo.
Educação Digital e Midiática
Pensando em todas essas relações de cada geração com o ensino a distância e suas possibilidades, é preciso pontuar que todas elas devem ter acesso a algo muito importante: a educação midiática.
Além da inclusão digital, que citamos no caso dos baby Boomers – mas que pode ser necessária em todas as gerações, já que há ainda muitas pessoas em situações mais vulneráveis e com menos acesso à novas tecnologias e a internet -, preparar todas as faixas etárias para lidar com o mundo multiplataforma é essencial.
A educação midiática busca desenvolver a capacidade crítica das pessoas em relação às mensagens midiáticas que recebem, ajudando-as a entender como essas mensagens são criadas, como são transmitidas e como podem ser interpretadas.
Para um aluno da modalidade EaD, essa capacidade é imprescindível para lidar com todas as informações existentes no ambiente virtual, e para ser capaz de debater, argumentar, buscar fontes confiáveis e ainda levar para a prática ao vivo o que aprendeu.
Entre as principais importâncias da educação midiática, podemos destacar:
- Desenvolvimento de uma visão crítica: A educação midiática ajuda as pessoas a desenvolverem uma visão crítica sobre as mensagens midiáticas que recebem, tornando-as mais conscientes dos valores, interesses e objetivos que estão por trás dessas mensagens.
- Capacidade de discernimento: A educação midiática ajuda as pessoas a desenvolverem a capacidade de discernir informações verdadeiras de informações falsas, bem como identificar manipulações e distorções de fatos.
- Prevenção de violência: A educação midiática pode ajudar a prevenir a violência, já que muitos programas de televisão, filmes e jogos eletrônicos contêm conteúdos violentos que podem afetar negativamente o comportamento de crianças e jovens.
- Fortalecimento da democracia: A educação midiática ajuda a fortalecer a democracia, já que as pessoas podem tomar decisões mais informadas sobre questões políticas, sociais e culturais com base em informações precisas e imparciais.
- Empoderamento social: A educação midiática pode ajudar a empoderar as pessoas, especialmente as mais vulneráveis, permitindo-lhes ter acesso a informações importantes e participar ativamente na sociedade.
Por essas e outras razões, a educação midiática é cada vez mais importante em nossa sociedade altamente midiática e conectada.
E você? De qual geração é? Já utilizou o ensino à distância?
Você pode conferir abaixo algumas instituições reconhecidas pelo MEC que oferecem bolsas de desconto de até 80% para você realizar a sua graduação a distância – e independentemente da sua geração! Veja:
Universidade Anhembi Morumbi
Estácio – Universidade Estácio de Sá
USJT – Universidade São Judas Tadeu
FMU – Centro Universitário
Unicsul – Cruzeiro do Sul
Belas Artes
UNISA
UNIP
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Faculdades EaD com Menores Mensalidades: Veja quais são!
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