Deep Fake: o que são as manipulações de voz e imagem criminosas usadas na internet?
No mundo digitalizado e interconectado de hoje, onde as informações circulam com velocidade e volume sem precedentes, surge um fenômeno que desafia nossa percepção da realidade: o deepfake.
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Essa tecnologia, que mescla as palavras “deep learning” (aprendizado profundo) e “fake” (falso), tem o potencial de criar conteúdos altamente realistas e enganosos, causando preocupação quanto à sua aplicação em disseminar desinformação, manipular opiniões públicas e até mesmo cometer crimes virtuais.
Neste material o EaD.com.br vai explorar o universo dos deepfakes, desde sua conceituação até as formas de proteção contra seus efeitos potencialmente nocivos.
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O que é Deepfake?
Deepfake é uma técnica avançada de síntese de imagem baseada em inteligência artificial e aprendizado de máquina, especialmente no campo do aprendizado profundo.
O termo “deepfake” combina “deep learning” com “fake”, refletindo sua capacidade de criar vídeos, áudios e imagens falsas, mas visualmente convincentes.
Originado nos fóruns online em 2017, o método utiliza algoritmos de redes neurais para analisar e aprender a aparência e os padrões de voz de uma pessoa, permitindo a manipulação de vídeos e áudios existentes para fazer parecer que essa pessoa está dizendo ou fazendo algo que nunca ocorreu na realidade.
Exemplos de Deepfake
Os exemplos de deepfakes variam desde brincadeiras inofensivas e entretenimento até casos mais sérios e danosos. No lado leve, temos a substituição de faces de atores em filmes por outras celebridades, criando versões humorísticas ou alternativas de cenas icônicas.
Por outro lado, existem deepfakes maliciosos que colocam pessoas em contextos comprometedores, vídeos falsos de líderes políticos fazendo discursos inflamatórios ou declarações falsas, e manipulações destinadas a desacreditar ou prejudicar a reputação de indivíduos públicos ou privados.
Entenda melhor o que é o Deepfake observando alguns exemplos práticos:
Consequências do Deepfake – O que a Lei fala sobre o Crime?
As consequências dos deepfakes podem ser profundas, afetando desde a integridade individual até a segurança nacional e a estabilidade política. Eles podem servir para espalhar desinformação, influenciar eleições, incitar violência, e degradar a confiança nas mídias digitais.
Legalmente, o desafio reside em equilibrar a liberdade de expressão com a proteção contra danos causados por conteúdos fraudulentos. Já que, é importante citar: não é crime o uso de deepfake.
Aplicativos como o FaceApp, Reface utilizam dessa tecnologia, mas buscando levar humor e possibilitar criações sem intenções maliciosas. Por isso, o cuidado está voltado para ações criminosas envolvendo o deepfake.
Em muitos países, a legislação está começando a se adaptar, classificando a criação e disseminação de deepfakes mal-intencionados como crimes digitais, sob leis de difamação, direitos autorais, ou contra crimes cibernéticos, dependendo do contexto e do impacto dos conteúdos falsificados.
Um caso recente, foi o da União Europeia, que publicou a Lei dos Serviços Digitais e a Lei de Mercado Digitais, contando com um guia de melhores práticas e diferentes responsabilizações para grandes empresas, especialmente as BigTechs, em casos que envolvem a utilização do deepfake para manipular informações e fraudar transferências monetárias, acesso a dados, entre outros.
O uso de deepfake para veiculação de conteúdo pornográfico envolvendo a imagem de pessoas reais, não ligadas a esse tipo de mercado, também é um crime de violação de imagem em diversos países. E até mesmo o uso de deepfake em comerciais e propaganda já é proibido em diversas partes do globo.
No Brasil, há leis para a proteção contra crimes virtuais, como a Lei Carolina Dieckmann, que recebeu esse nome após a repercussão do caso no qual a atriz teve seu computador invadido por hackers e seus arquivos pessoais e imagens íntimas foram roubados e publicados por terceiros em redes sociais.
Além dela, o Marco Civil da Internet, a Lei geral de Proteção de Dados (LGPD), e a Lei Federal N.º 12.735/2012 (Lei Azeredo) são outras iniciativas jurídicas para proteger os usuários e determinar penalidades para quem utilizar o deepfake de forma criminosa, ou realizar outras transgressões cibernéticas.
Como se Proteger contra o Deepfake?
Proteger-se contra deepfakes envolve uma combinação de ceticismo saudável, educação digital e uso de tecnologias de verificação. Usuários da internet devem:
- Desconfiar de vídeos e áudios que pareçam controversos ou demasiadamente sensacionais, especialmente se não forem corroborados por fontes confiáveis.
- Verificar a origem das informações, buscando confirmação em sites de notícias reputados e plataformas de fact-checking – checagem de fatos, traduzindo.
- Educar-se sobre os sinais de deepfakes, como inconsistências no piscar de olhos, estranhezas na sincronização labial, ou erros sutis na renderização de imagens.
- Usar ferramentas e aplicativos que oferecem serviços de detecção de deepfake, muitos dos quais utilizam a própria tecnologia de IA para identificar falsificações.
- Promover a consciência sobre deepfakes dentro de suas redes, ajudando a criar um ambiente digital mais seguro e informado.
O advento dos deepfakes coloca novos desafios para indivíduos e sociedades, exigindo uma abordagem multifacetada que envolve educação digital, responsabilidade legal e desenvolvimento tecnológico.
À medida que avançamos na era digital, torna-se imperativo que os usuários da internet permaneçam vigilantes e informados, protegendo-se contra as potenciais armadilhas dos conteúdos falsificados.
Já existem diversos movimentos para tentar impedir o deepfake ou buscar identificá-los. Confira o material que a Gazeta do Povo fez sobre o assunto, comentando os tipos de consequências que o uso do deepfake pode acarretar:
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