A cada quatro anos os brasileiros tomam uma série de decisões muito importantes: a escolha de governantes para o país, que vão desde um deputado estadual, até o presidente. Neste artigo vamos te mostrar as propostas de educação dos presidenciáveis de 2022!
As Eleições Gerais são especificamente para os cargos de deputado estadual e federal, senador, governador e presidente do país. A expectativa do primeiro turno é que mais de 150 milhões de brasileiros saiam de casa para votar.
A previsão é que sejam eleitos 1.035 deputados estaduais, 513 deputados federais, 24 deputados distritais, 27 senadores, 27 governadores e um presidente da República. Este último é a maior autoridade dentro do Poder Executivo.
Pensando nisso, para uma boa escolha, é importante acompanhar os debates, pesquisar e analisar a proposta de cada um dos candidatos, ainda mais quando o assunto é educação no Brasil.
Separamos uma lista com as principais propostas de educação dos candidatos à presidência do país.
Quem são os candidatos à presidência?
Antes de conhecer as propostas dos presidenciáveis, conheça quem são e quais partidos eles fazem parte, de acordo com a Divulgação de Candidaturas e Contas Eleitorais do Tribunal Superior Eleitoral (TSE):
Ciro Gomes (PDT)
José Maria Eymael (Democracia Cristã)
Jair Bolsonaro (PL)
Kelmon Souza (PTB)
Leonardo Péricles (Unidade Popular)
Luiz Felipe D’avila (NOVO)
Luiz Inácio Lula da Silva (PT)
Simone Tebet (MDB)
Sofia Manzano (PCB)
Soraya Thronicke (UNIÃO)
Vera Lúcia (PSTU)
Quais são as propostas para educação dos presidenciáveis?
Destacamos pontos importantes de cada uma das propostas dos candidatos à presidência do Brasil voltados para educação nos próximos 4 anos. Confira:
Jair Bolsonaro (PL)
O atual presidente, Jair Bolsonaro, diz que se reeleito dará continuidade às ações que buscam melhorar a posição do Brasil em diversos rankings de educação, investindo, também, em tecnologias para estudos de inteligência artificial, programação, segurança cibernética e da informação.
Entre os principais destaques estão fortalecer os planos de carreira dos professores, oferecendo capacitações, através de diversos cursos e remuneração, para melhorar condições de trabalho e saúde.
Bolsonaro também tem em seu plano de educação a intensificação de ações para pensamento crítico, “permitindo que os alunos possam exercer um pensamento crítico sem conotação ideológica”.
Outro destaque é a continuidade da recuperação do ensino dos estudantes prejudicados com o fechamento das escolas durante os anos de pandemia, podendo aliar as modalidades presencial e a distância.
Luiz Inácio Lula da Silva (PT)
O plano de governo do ex-presidente Lula reforça a continuidade do mecanismo de cotas sociais e raciais, de forma a fortalecer a educação “pública universal, democrática, gratuita, de qualidade, socialmente referenciada, laica e inclusiva, com valorização e reconhecimento público de seus profissionais”.
Ele ainda aponta a necessidade de fomentar acesso e permanência da juventude na sala de aula, bem como da população LGBTQIAP+ e pessoas com deficiência. Além de possibilitar o acesso a internet de qualidade para que haja democratização no uso.
Lula também defende em seu plano o investimento em educação de qualidade, fortalecendo a educação básica até a pós-graduação, coordenando ações articuladas e sistêmicas entre a União, Estados, Distrito Federal e Municípios.
O ex-presidente busca, em seu plano de governo, recompor o fomento do desenvolvimento científico e tecnológico, via fundos e agências públicas: FNDCT, o CNPq e a CAPES.
Ciro Gomes (PDT)
Ciro Gomes tem uma proposta ousada para a educação: colocar o Brasil entre os dez melhores do mundo, em um prazo de 15 anos. Isso através da criação do Programa de Alfabetização Idade Certa, valorizando profissionais da educação.
Ele também tem como proposta definir metas de aprendizagem em cada fase do ensino, além de um uso efetivo das avaliações e corpo docente e familiar, para acompanhar alunos faltosos.
Em seu plano para educação, Ciro Gomes também propõe tornar o ensino fundamental progressivamente integral e disseminar o ensino médio profissionalizante e integral.
Simone Tebet (MDB)
Simone tem como plano de governo colocar a educação no topo das prioridades nacionais. Entre suas propostas para educação estão a liderança e coordenação desse processo da União com o MEC.
Entre os outros destaques estão a educação de tempo integral, no novo ensino médio e numa nova base curricular, que eduque não somente na cidadania, mas que aproxime com o mercado de trabalho.
Ela também propõe erradicar o analfabetismo, de forma a garantir que todos sejam alfabetizados até o segundo ano do ensino fundamental, em cumprimento à BNCC e às metas do atual Plano Nacional de Educação.
Outra proposta de educação da candidata à presidência que se destaca é a criação do “Poupança Mais Educação” que busca evitar a evasão de jovens de baixa renda no ensino médio.
Luiz Felipe D’Ávila (Novo)
O candidato do partido Novo busca em seu plano de governo colocar a educação do Brasil entre as 20 melhores do mundo em 7 anos. Para a proposta acontecer, alguns destaques de ações são aprimorar o financiamento da educação básica, a Base Nacional Comum Curricular e as competências do Conselho Nacional de Educação.
Outros destaques estão usar dos exemplos de sucesso do país para gerar o incentivo aos estados de replicar ao reavaliar a administração da educação naquela localidade. Ele também propõe um ensino médico integral, junto ao ensino técnico como prioridade.
Felipe quer qualificar ainda mais os professores e democratizar o acesso à internet nas escolas, assim como reformar o ensino superior público, com incentivos de autofinanciamento.
Vera Lúcia (PSTU)
A candidata Vera Lúcia menciona em seu programa de governo uma transformação geral nos serviços públicos de educação. Destacando uma ensino gratuito e de qualidade para todos, independente do nível, inclusive em universidades.
Ela defende o aumento de verbas para educação, expropriação dos grupos privados de ensino e acesso livre às instituições de ensino superior, fortalecendo a produção científica e tecnológica nas universidades.
Kelmon Souza (PTB)
Kelmon Souza é o candidato pelo PTB, após o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) ter negado a candidatura de Roberto Jefferson. Seu plano para educação prevê gratuidade para toda a educação básica e técnica e o “Estado poderá participar do ensino superior, mas terá de ser reembolsado pelos formados”.
Outros destaques são a erradicação do analfabetismo, promoção do ensino técnico e profissionalizante, além de elevar a qualidade da educação, capacitando professores para uso de tecnologias.
Sofia Manzano (PCB)
No plano de governo de Sofia também há propostas para a educação do Brasil. A candidata colocou medidas emergenciais para reforçar os programas de bolsas para estudantes cotistas das universidades.
Ela também propõe a revogação da reforma do ensino médio e de escolas cívico-militares, além dos vestibulares e estatização das instituições de ensino superior.
A candidata apoia a construção de creches dentro das universidades públicas, além da criação de um programa de alimentação escolar para toda a educação básica do Brasil.
Ainda sobre as universidades, um outro destaque em suas propostas é a destinação da maioria das vagas das instituições públicas, para alunos de escolas públicas.
Leonardo Péricles (Unidade Popular)
As propostas de educação do presidenciável, Leonardo Péricles, buscam garantir um acesso livre à educação superior, construindo escolas técnicas, universidades e hospitais integrados. A ideia é que tudo seja acessível às comunidades e regiões de bairros pobres das cidades.
Ele também propõe uma educação pública gratuita para todos os níveis, independente do grau, para evitar lucro com o ensino. Isso também valendo para vestibulares e outras formas de ingresso.
Outro destaque do seu plano de governo é garantir o ensino da história da cultura afro-brasileira nas escolas.
Soraya Thronicke (União Brasil)
Das propostas de educação da presidenciável Soraya, os destaques estão no investimento na implantação das escolas cívico-militares, com a adição da disciplina Cidadania e Brasilidade desde o ensino básico ao superior.
Ela propõe a implantação de um programa nacional de capacitação pedagógica e tecnológica para os professores que, segundo a candidata, busca aumentar a competência profissional, para produzir uma educação de qualidade.
Outro destaque vai para a implantação de um sistema de monitoramento e desempenho de novas metodologias, no gabinete do ministro da educação.
José Maria Eymael (Democracia Cristã)
O candidato propõe priorizar a educação como algo fundamental para o desenvolvimento do país. Para isso, ele traçou algumas ações em seu plano de governo, como garantir que o ensino fundamental possa capacitar os alunos para “Aprender a Conhecer, Aprender a Fazer, Aprender a Ser e Aprender a Conviver, como definido nos Pilares da ONU “.
Ele também propõe ensino inclusivo para pessoas com deficiência, acesso livre à internet, ampliação de oferta de cursos técnicos e profissionalizantes, além de um ensino fundamental integral.
Outros destaques ficam por conta da ampliação de vagas nos cursos de universidades federais, sobretudo em período noturno, e introduzir, no ensino fundamental, a disciplina Educação Moral e Cívica.
